26/03/2008

Popular: Tata Nano, o carro mais BARATO do MUNDO!!!



Um terremoto abalou a indústria automobilística. Seu nome é Tata Nano, o carro mais barato do mundo, que, na Índia, custará US$ 2.500. Logo depois que foi apresentado, seguiram- se reações proporcionais ao estrondo que ele causou.
Na verdade, já faz tempo que se fala nos carros ultrapopulares, os ULCs (Ultra Low Cost, ou custo ultrabaixo).
Desde então, a montadora indiana trabalhou intensamente no projeto, para agora chegar ao produto final. Nada é certo sobre a vinda do carro, mas o fato é que neste ano a Tata já chega ao Brasil – com uma picape e um SUV, fabricados pela Fiat em um acordo entre as duas montadoras. Isso facilitaria a fabricação ou montagem do Nano aqui.


O painel, à esquerda, é mínimo: tem apenas velocímetro, odômetro e medidor de nível de combustível. A posição central economiza custos nos modelos pela exportação, que terão volante do lado esquerdo. No caso de ser mesmo exportado para o Brasil, vai custar mais caro, pois terá que pagar uma série de impostos.

“Os mercados óbvios para nós seriam os africanos e os latino-americanos como Brasil e Argentina, além de Malásia e Indonésia, entre outros”, disse ao jornal indiano Economic Times o CEO da montadora, Ratan Tata. “A Fiat tem fábricas no Brasil e Argentina, em outros mercados nós temos uma presença mais forte. Mas ainda não tomamos nenhuma decisão a respeito disso”, completou. Se chegar mesmo aqui, é algo para daqui a dois ou três anos.
Mas o sucesso do Nano no Brasil é questionável, uma vez que se trata de um carro para uso estritamente urbano – categoria de veículo sem bom mercado no Brasil. Aqui, um carro precisa servir para a cidade e para a estrada - e o Nano, com sua velocidade máxima de 105 km/h, sofreria demais.
A pergunta que não quer calar é: “O que faz o Nano tão barato”? Em primeiro lugar, o óbvio corte de custos. Mas não só isso: gastou-se muito em pesquisa e desenvolvimento para encontrar soluções mais baratas para problemas comuns. Algumas soldas, por exemplo, foram substituídas por adesivos de uso aeroespacial, extremamente resistentes e que barateiam a fabricação. No total, foram 34 novas patentes. O motor 0,6 litro de 33 cv usa câmbio de quatro marchas (em breve também CVT) e, apesar do desempenho raquítico, faz 20 km/l.
Sob medida para a Índia, Tata idealizou o Nano depois de observar o trânsito das grandes cidades indianas e ver três, ou quatro pessoas amontoadas em uma única moto. Ele queria dar mais segurança para seu povo. A BMW C1, curiosa scooter com cobertura, serviu de inspiração. “Era exatamente o que tinha pensado”, conta.
Segundo o executivo, “o mercado não quer meio carro, e sim um carro inteiro”. E é o que ele promete: diz que o Nano passou em todos os crash-tests e atende todas as normas de emissões de poluentes.
Gostando ou não dos ultrabaratos, as outras montadoras já correm atrás da Tata. A Renault, por exemplo, já se associou à Bajaj, fabricante indiana de triciclos, e já tem um protótipo de seu ULC. Ford, Toyota, Hyundai e VW também projetam concorrentes para o Nano. “Temos um protótipo inicial em desenvolvimento”, disse o presidente da Toyota, Katsuaki Watanabe. Quem tem mais a ganhar com essa história, no fim das contas, é o consumidor.
Pouca BAGAGEM:Os quatro passageiros têm um espaço para bagagem, na parte dianteira do carro, bastante reduzido. São 150 litros de capacidade, menos que oferecia a versão antiga do nosso pequeno Ford Ka. Mas uma medida aceitável para um modelo urbano
Sem LUXO:Nada de direção hidráulica, vidros elétricos ou rádio. No modelo básico, a janela traseira não abre, mas na versão mais luxuosa terá ar-condicionado
Motor TRASEIRO:O motor dois cilindros custa apenas US$ 700. Com 33 cv de potência, o desempenho é ruim, mas consome pouco. Todo o conjunto motorcâmbio fica debaixo do banco traseiro.








1 comentários:

  1. Acho extremamente difícil que o Nano venha a ser oferecido no mercado brasileiro. O mercado local demanda carros que tenham espaço suficiente para levar os filhos à escola, fazer o rancho do mês no supermercado e ir para a praia num feriado levando a família inteira mais gato, cachorro e papagaio. Fora isso, o motor menor que 1.0 acabaria condenando o modelo em termos de mercado. E geralmente esses carros ultracompactos são vistos mais como "brinquedinhos" ou uma alternativa aos scooters mais caros como Suzuki Burgman 400/650.

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